sábado, 17 de outubro de 2009

Planejamento Tributário para 2010

O mês de outubro já anuncia os preparativos para o final do ano. É hora de rever o planejamento de 2009, analisar o que foi feito e o que ainda dá para fazer, afinal já estamos no último quadrimestre do ano. E este é também o momento para avaliar e começar a planejar a tributação da empresa para o ano novo, a fim de economizar no que for permitido pela legislação fiscal vigente.

Mas não é só em termos de tributação que sua empresa deve planejar. Identificar oportunidades, mudar estratégias, passar a atender novos nichos de mercado para seu produto ou serviço, mudar as formas de distribuição, formas de fazer e vender também devem ser pensados desde já, para que em janeiro ocorra o início da implementação. Ver a empresa como um todo, observando cada detalhe poderá gerar uma economia que permita novos vôos mais adiante.

No que tange aos tributos, há quatro formas de pagar, que são elas: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e o recentemente criado, SIMEI – Simples Nacional para o Empreendedor Individual. Cada forma traz uma característica e para saber qual melhor se adapta à realidade de sua empresa, daremos algumas dicas abaixo. Além das dicas serão necessários alguns cálculos que o gestor pode solicitar ao contabilista para fazer, a fim de que realmente se confirme a melhor escolha. Para conhecer um pouco sobre essas formas de tributação, acompanhe abaixo:

Simei – Empreendedor Individual

Desde julho de 2009 está em vigor a tributação para o Empreendedor Individual. Criado para dar legalidade aos pequenos empreendedores informais, é indicado para negócios cujo faturamento não ultrapasse a R$ 36 mil anuais, o que dá uma média mensal de R$ 3 mil. O empreendedor não pode ter sócios no negócio, além de só poder ter um empregado registrado. O outro fator limitante são as atividades econômicas, que não atendem aos negócios cujas bases sejam as profissões intelectuais, como por exemplo, os administradores ou advogados. Esse sistema também não é permitido para quem seja sócio de outras empresas. A opção por esse regime deve ser feita em janeiro.

A tributação nesse caso limita-se a valores fixos de R$ 5,00 de ISS e R$ 1,00 para o ICMS, além de 11% de Contribuição Previdenciária para o próprio empreendedor, que, caso deseje, pode optar por pagar 20% para a Previdência Social e passar a ter o benefício da aposentadoria por tempo de contribuição. Por enquanto para esses valores fixos – por dependerem de vontade política – não está prevista nenhuma alteração para 2010.

Tributação pelo Simples Nacional

De imediato, a forma mais barata de pagar tributos para a maioria das pequenas empresas, já que o faturamento que permite a tributação pelo Simples Nacional é de no máximo R$ 2,4 milhões, considerando o faturamento dos últimos 12 meses. O Simples Nacional engloba os tributos federais (PIS, COFINS, IRPJ e CSLL), o estadual ( ICMS) e o municipal (ISS), bem como a CPP – Contribuição Patronal Previdenciária.

Como a forma de tributação é através de tabelas identificadas como “Anexos”, para algumas atividades de prestação de serviços – tributadas pelo Anexo IV – não está incluída a Contribuição Patronal à Previdência Social, que pode girar entre 21% e 26% sobre a folha de pagamento.

Também as prestadoras de serviços que são tributadas pelo Anexo V podem ter desvantagens em relação às outras formas de tributação, já que há o denominado fator ‘r’ que relaciona o faturamento com os gastos com folha de pagamento e encargos sociais. Quando essa relação é menor que 40% a tributação pelo Lucro Presumindo ou Lucro Real pode ser mais vantajosa. A opção também deve ser feita em janeiro.

Lucro Presumido

Sistema de tributação federal que pode ser um opção às empresas que não estão obrigadas à tributação pelo Lucro Real e cujo faturamento em 2009 tenha chegado no máximo até R$ 48 milhões. Para cada tipo de atividade econômica presume-se um percentual de lucro e sobre o qual recai a tributação do IRPJ e da CSLL. Os percentuais do lucro – sobre os quais recaem a tributação - variam de 1,6% a 32%. Já os percentuais de tributação variam de 8% a 32%.

Além desses percentuais, a empresa ainda paga separadamente todos os outros tributos sobre o faturamento, como PIS, COFINS, ICMS e/ou ISS e a Contribuição Patronal Previdenciária. Portanto, faça e refaça os cálculos para saber o que é melhor para a sua empresa. A opção dar-se à com o recolhimento dos tributos relativos ao mês de janeiro, o que ocorrerá em fevereiro de 2010.

Lucro Real

Obrigatório para as empresas com faturamento anual acima de R$ 48 mil milhões e também para diversas atividades econômicas – independentemente do faturamento – como as atividades bancárias, seguradoras e corretoras de seguros, cooperativas de crédito, empresas de factoring e outras. Na forma é simples a tributação: ocorre somando-se as receitas e deduzindo-se as despesas. Sobre esse lucro ‘real’ é aplicada a alíquota de 15% do IRPJ (com adicional de 10% para lucro acima de R$ 240 mil anuais) e 9% da CSLL, além de a empresa ter que pagar também os outros impostos separadamente.

Atente-se para o fato que há muito mais controle e rigor neste sistema de tributação por parte da Receita Federal além das obrigações acessórias que são mais complexas, como o SPED Contábil, que é o Serviço Público de Escrituração Digital e que será obrigatório para todas as empresas tributadas pelo lucro real em 2010. A opção aqui também será de acordo com o código de recolhimentos dos tributos do mês de janeiro, que ocorrerá também em fevereiro de 2010, como é o caso do Lucro Presumido.

Regime de Caixa

Tanto para a tributação pelo Simples Nacional quanto para o Lucro Presumido, é admitido para fins tributários a opção pelo Regime de Caixa, onde só é tributado o que a empresa efetivamente recebe. Em ambos os casos devem ser avaliados os prós e contras já que comercialmente a tributação pelo Regime de Competência é a mais indicada e amplamente utilizada. Para alguns casos, como o do Simples Nacional, a opção pelo Regime de Caixa já pode ser feita no final deste ano.

Aqui apresentamos apenas alguns detalhes das formas de tributação, cujo objetivo maior é alertar aos gestores para a necessidade de planejamento e análise dos cálculos de projeção.

Como nos ensina o Mestre Masaharu Taniguchi, “o tempo é o bem mais preciso que possuímos” e podemos usá-lo hoje para sermos melhores mais adiante Que em janeiro a empresa opte conscientemente pela forma de tributação e não somente por força de hábito repita o mesmo sistema de 2009. Dependendo da estratégia de negócios para 2010 poderá economizar se fizer os cálculos e optar pelo sistema que lhe permitirá reduzir o custo tributário.

Boa sorte e sucesso!

Zenaide CarvalhoJustificar
Administradora e Contadora
Instrutora de Treinamentos Empresariais

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Canto para minha morte

raulfoto1

“Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas… Um acidente de carro.
O coração que se recusa a bater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio…”


Fernando Pessoa por Almada Negreiros

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis, 14-2-1933

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Liderança - o paradoxo do poder

Ao reduzir os custos das comunicações, a tecnologia da informação não só torna a descentralização do processo decisório mais desejável, como também torna mais visíveis os valores reais das empresas. A afirmação veio de Thomas Malone, professor de Management da Sloan School of Management, do MIT, e diretor-fundador do Centro de Inteligência Coletiva do MIT, que abriu o Special Management Program, organizado pela HSM, falando sobre organizações inteligentes e o desafio da gestão que cria resultados extraordinários através das pessoas.
Malone adverte porém, que em muitos casos a melhor solução é criar um sistema customizado que combine elementos de mais de uma estrutura básica. “Você pode, por exemplo, usar estruturas diferentes para diferentes tipos de decisão”. É o que acontece muito em mercados internos: as decisões operacionais básicas são tomadas através de um mercado descentralizado, mas os gerentes hierárquicos escolhem os participantes, estabelecem as regras básicas e intervêm quando o mercado não faria o que é melhor para a organização como um todo.

“Atribuir decisões diferentes a estruturas diferentes não é fácil”, afirmou Malone. Requer um entendimento detalhado de sua situação específica e de suas metas. Para cada tipo principal de decisão que sua empresa toma, você pode fazer três perguntas:

1 – Os benefícios potenciais de descentralizar são importantes?
Os benefícios considerados por Malone são: incentivo à motivação e criatividade; permitir que muitas pessoas pensem simultaneamente sobre o mesmo problema; e acomodar a flexibilidade e a individualização. A importância desses benefícios varia muito, mas eles são, com freqüência, muito importantes em certas indústrias e funções de negócios. Esta pergunta diz respeito às suas escolhas estratégicas.

2 – É possível compensar os custos potenciais da descentralização?
Esta pergunta leva a outras como: É possível tomar decisões de forma eficiente quando ninguém está no controle? Como é possível garantir a qualidade ou proteger a empresa de perdas se ninguém supervisiona? Como é possível tirar vantagem das economias de escala ou da troca de conhecimentos se tudo é tão fragmentado? Malone afirma que essas preocupações são tão importantes que muitas vezes levam os gestores a rejeitar estruturas descentralizadas e a manter hierarquias rígidas. Ele afirma que há maneiras criativas de lidar com as desvantagens potenciais, examinando com profundidade os quatro problemas principais da descentralização.

3 – Os benefícios de descentralizar compensam os custos?
Depois de resolver os benefícios e custos, é necessário ponderá-los para decidir se a descentralização compensará. O professor afirma que as respostas dependem muito de cada situação, mas algumas regras simples podem ajudar a pensar na melhor escolha:
- Descentralize quando a motivação e a criatividade de muitas pessoas forem essenciais.
- Centralize quando for essencial resolver conflitos.
- Centralize quando for crítico ter muitos detalhes, até um nível bem inferior, unidos por uma única visão.

O professor afirmou que embora a centralização nunca desapareça completamente, é provável que vejamos uma descentralização cada vez maior nas próximas décadas. Juntamente com a mudança, surgirá uma nova forma de pensar na essência da administração em si. A tradicional administração de comando e controle não desaparecerá, mas um modelo novo e muito diferente se tornará cada vez mais importante, podendo ser um grande benefício para o negócio o desenvolvimento da capacidade de tomar decisões em mais pessoas. Malone fechou deixando um grande conselho para os decisores: “Vocês ficariam surpresos com o que algumas pessoas podem fazer quando têm as oportunidades certas para desenvolver as suas habilidades”. Mas esta é uma decisão um tanto centralizada no paradoxo do poder de cada líder, ou não?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

QUE DEUS ESTEJA PRESENTE EM VOSSOS CORAÇÕES

"O Senhor te guiará constantemente, alimentar-te-á no árido deserto, renovará teu vigor. Serás como um jardim bem irrigado, como uma fonte de águas inesgotáveis." (Is. 58,11)

lerê lerê

o terça feira com cara de segunda... missão cumprida (Emilianópolis, sagres e pracinha)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quando O Amor Se Vai


O destino queria
que eu fosse um peão
um vaqueiro um matreiro
Mas um dia eu senti
Que podia e queria
Ser um garimpeiro
Nas viagens da vida,
Vivi aventuras
E amores primeiros
Fui nesse compasso
garimpando sonhos e
Estreitando laços

Quando o amor se vai,
outro logo vem
Depois contam histórias
Narrando seus feitos
pela vida afora

Vi por esses caminhos
Que o amor e a intriga
viajam colados
A paixão e o ciúme
Por serem contidos
viajam calados
E a gente revira esse mundo
E no fundo, tá tudo acertado
O futuro acontece
E no mesmo momento
Se entrega ao passado

Quando o amor se vai ...

Compositor(es): Renato Teixeira

Amizade Sincera

A amizade sincera é um santo remédio
É um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso
Por isso se for preciso
Conte comigo, amigo disponha
Lembre-se sempre que mesmo modesta
Minha casa será sempre sua
Amigo
Os verdadeiros amigos
Do peito, de fé
Os melhores amigos
Não trazem dentro da boca
Palavras fingidas ou falsas histórias
Sabem entender o silêncio
E manter a presença mesmo quando ausentes
Por isso mesmo apesar de tão raros
Não há nada melhor do que um grande amigo

Composição: Renato Teixeira

Tocando em Frente

Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia.
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Composição: Almir Sater e Renato Teixeira

INUSITANDO O BLOG

OOO RETORNO II...

Olá turminha... O conteúdo do meu blog estará passando por determinada mudança, assim como estou mudando também a forma de viver, lutar e compartilhar, continuo a mesma pessoa com os mesmos ideais e a mesma garra de sempre, apenas estou alterando a forma de saborear os momentos e pessoas que a vida nos apresenta, vamos continuar construindo ideais e lutando pelos mesmos, defendendo os nossos pensamentos e também as nossas razões, em breve estarei postando algumas das minhas inusitadas experiências a fim de compartilhar momentos com meus queridos (as) amados (as) companheiros (as) visitantes e familiares, desde já agradeço vossa atenção, um caloroso abraço e vamos continuar juntos.